Paul McCartney diz que os Beatles teriam se reunido


Paul McCartney acredita que os Beatles teriam provavelmente voltado a tocar juntos caso nenhum deles tivesse morrido. Em entrevista ao Daily Express Macca disse: "Se John e George ainda estivessem aqui, é bem provável que nós teríamos uma reunião dos Beatles. Eu acho que a gente iria amolecer a ponto de falar 'vamos lá'". O ex-baixista da banda lembra que quando se juntavam para tocar por mais que eles estivessem discutindo o som resultante era sempre ótimo. McCartney de qualquer forma diz não ser grande fã desse lance do "e se?", mas que é divertido especular. Na entrevista ele também aproveitou para lembrar uma das histórias mais divertidas envolvendo ele e John Lennon. Em 1976 o ainda novo programa Saturday Night Live levou ao ar um esquete onde o produtor do programa Lorne Michaels oferecia a quantia de U$3 mil para que os Beatles se reunissem para tocar três músicas no programa. O que Lorne não podia imaginar é que McCartney estava vendo o programa na casa de Lennon - os dois estavam voltando a se falar após anos afastados - e que eles realmente cogitaram ir até o estúdio se apresentar. Infelizmente eles desistiram da ideia e assim a última chance do mundo ver John e Paul juntos no palco foi abortada. John Lennon foi assassinado em 1980 e George Harrison morreu em 2001 após perder luta contra um câncer.

Imagine Peace Tower será ligada nesse domingo

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A torre luminosa IMAGINE PEACE TOWER, construída em homenagem a John Lennon, localizada na cidade de Reykijavik (Islândia), será acesa por Yoko Ono nesse dia 09 de outubro de 2011, em homenagem ao 71o. aniversário do ex-beatle. A iluminação, que cria um feixe de luz gigante apontada para o céu, deverá ser acionada na madrugada do dia 8 para 9 de outubro e permanecerá ativa até o dia 8 de dezembro - uma alusão ao dia em que John Lennon foi assassinado. través do site oficial (http://imaginepeacetower.com) pode-se acompanhar uma cobertura fotográfica em tempo real da torre. Salve o eterno John Lennon!

Papel higiênico rejeitado pelos Beatles é leiloado


Segundo o jornal The Sun, o papel higiênico que foi rejeitado pelos Beatles durante a gravação do álbum Abbey Road, em 1969, foi leiloado na Inglaterra. Os integrantes do grupo não quiseram usá-lo por ser duro e brilhante demais. Um fã arrematou o rolo por 85 libras e disse: "não é todo mundo que tem um papel higiênico no banheiro rejeitado por John Lennon".

Morreu hoje o fotógrafo Robert Whitaker, um dos fotógrafos favoritos dos Beatles. Dos seus cliques foram feitas oito capas de álbuns, EPs e singles do grupo - além de centenas e centenas de itens publicitários.




A capa mais famosa, ironicamente, é a "Butcher's Cover" (Capa do Açougue), para a coletânea 'Yesterday & Today', depois rejeitada. O andar de cima recebe mais uma personagem ilustre. [Jose Renato]






































Brian Ray vai se apresentar em São Paulo




Se você vai estar em São Paulo no dia 18 de outubro, eis aí uma boa pedida pra tomar uma birita e ouvir um bom rock: Brian Ray, guitarrista da banda de Paul McCartney, vai fazer uma apresentação. Anote aí!




Data:

18 de outubro de 2011




Local:

Na Mata Cafe


Rua da Mata 70


Itaim Bibi - Sao Paulo/SP




Meu disco favorito dos Beatles

Agora resolvi. Sempre que me perguntarem QUAL SEU DISCO FAVORITO DOS BEATLES responderei: "The Dark Side Of The Moon"!




Primeiro, porque é impossível escolher-se um disco dos Beatles - afinal todos são bons e diferentes entre si. Segundo, porque THE DARK SIDE OF THE MOON é perfeito. Acabo de assistir ao DVD da série "Classic Albums", da ST2, devotado ao making of deste clássico que completa 30 anos agora em 2003. É fantástico, sensacional, altamente recomendável.




Hoje mesmo alguém comentou que em 72, Paul & Linda participaram de uma sessão do disco "No Secrets", de Carly Simon, adicionando vozes no coral de "Night Owl". Aquilo foi no Trident Studios, em outubro de 1972, quando o Wings já trabalhava em "Red Rose Speedway" e gravava também o single "Hi Hi Hi". Pois então, agora ouvi Nick Mason comentando sobre a gravação daquelas "entrevistas" que renderam os efeitos de "Money" em DARK SIDE. Num documentário exibido no Multishow há algumas semanas (que nada tem a ver com este novo DVD), fala-se sobre o guitarrista Henry McCulloch ter sido um dos entrevistados.




Pois bem, agora Mason comenta que o Wings estava gravando no estúdio ao lado, ali no complexo de Abbey Road, e que Paul & Linda também participaram - junto com Henry. A gente ouve uma voz de mulher durante o trecho que fala dessa gravação, parece ser Linda mesmo. Ou seja, os mallucos agora vão ouvir atentamente pra ver se a voz de Paul está ali - se não está na mixagem final, certamente está no multitrack original.




Quando sair a caixa com todos os out-takes deste disco, todo mundo terá que bancar 4 ou 5 CDs só pra ouvir Paul & Linda falando pro disco do Floyd. Realmente, na mesma época o Wings estava gravando RED ROSE SPEEDWAY no Abbey Road - e com o mesmo engenheiro, Alan Parsons. LOUP tem o maior climinha de Floyd né? Paul adora Floyd, virou amigão do Gilmour. Ele e o Wings gostavam tanto que, ao gravarem "Medicine Jar" pro VENUS AND MARS, Jimmy McCullough fez um solo de guitarra muito na praia daquele feito por Gilmour em MONEY.









* Marcelo Fróes é pesquisador da carreira dos Beatles e tradutor do livro "Paz, Amor e Sgt. Pepper", de George Martin.

Mary McCartney



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Mary McCartney nasceu em 28/08/1969 e, sendo a primeira filha biológica de Paul, ganhou o mesmo nome de sua avó paterna. Mary, como Heather, sempre apreciou a tranqüilidade e a discrição, desde sua infância na fazenda da família em Sussex, Inglaterra - ali, as crianças eram criadas, convivendo com a natureza e cercadas de animais, os quais aprenderam a respeitar profundamente.




Desde cedo, Mary interessou-se pela arte de sua mãe - a fotografia. Teve em Linda sua professora particular e grande incentivadora, e resolveu fazer do hobby sua profissão. As primeiras fotos famosas de Mary foram as que fez de sua mãe, alguns dias antes de seu passamento. Mary conseguiu captar momentos radiantes, que mostravam Linda sorridente e serena, a despeito do seu estado de saúde.




Seu primeiro trabalho realmente importante apareceu quando foi convidada para fazer os primeiros registros fotográficos de Leo, o filho mais novo do primeiro-ministro da Inglaterra, Tony Blair. Além disso, foi também convidada a clicar o casamento do cineasta Guy Ritchie com a popstar Madonna - que, por sinal, usava um vestido de noiva desenhado pela irmã mais nova de Mary, Stella. De lá pra cá foram vários trabalhos fotográficos.




Hoje, Mary, assim como suas irmãs, equilibra trabalho (ela dirige o setor de fotografia da empresa de Paul, a MPL Communications) com a atividade em defesa dos animais. Mary também participou do projeto Wingspan, cujas entrevistas ajudou a conduzir e que foi produzido por seu marido, Alistair Donald. Ela e Alistair são casados desde 1998, e e o casal já deu a Paul McCartney 3 netos: Arthur (1999), Elliot (2002) e Sam (2008).




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Trechos da homenagem de Paul a Linda McCartney no novo livro

Por Ludmila Vilar


Nos anos 60, Linda era uma fotógrafa em início de carreira quando conheceu Paul McCartney, que na época já era um dos ídolos mais assediados do mundo do rock. Eles se conheceram durante uma coletiva de imprensa e ficaram juntos até 1998, quando ela morreu. Este ano a editora Taschen, em parceria com Paul McCartney, selecionou cerca de duzentas fotos do acervo dela no livro "Linda McCartney- Life in Photographs"*. A revista Marie Claire escolheu os principais trechos. Leia a seguir:


Editora Globo


Paul McCartney, Los Angeles (1968) e Linda McCartney


Trechos da entrevista de Linda à BBC, em 1994, que foi reproduzida em "Life in Photographs"


Sobre aprender a tirar fotos


"A fotografia aconteceu para mim quando eu vivia no Arizona e uma amiga praticamente me obrigou a fazer um curso de fotografia para acompanhá-la. Fui a contragosto pois tinha certeza que seriam aulas chatas, cheias de técnicas sobre como manusear a câmera e etc. Ao contrário disso encontramos aulas deliciosas, passávamos horas estudando o trabalho de gente como Dorothea Lange, Ansel Adams e Walker Evans. Ainda acho que até hoje me inspiro por aquele período".


Primeira foto marcante


Quando o Rolling Stones estava ainda no começo, buscando publicidade para o trabalho da banda, eles fizeram um show e enviaram um convite a Town & Country. Eu queria muito ir ao show, mas fiquei paralisada quando soube que iria como fotógrafa da revista. Eu tinha medo de não cumprir as expectativas. Até que cheguei à conclusão de que eu havia sido a escolha deles, então me tranquilizei e acreditei que eu faria todas as fotos que pudesse. Eu era um pouco tímida e introvertida, mas através das minhas lentes eu esquecia disso e conseguia realmente ver a vida. Quando entendi isso, a fotografia mudou minha vida. É por isso que aquela oportunidade não foi marcante apenas por causa do Rolling Stones e sim por causa da situação toda".


Veja mais fotos do acervo de Linda:


Sobre astros do rock

"Jimi Hendrix era sensível e muito, muito inseguro. Ele fazia aquelas coisas como queimar bandeira, tocar guitarra com os dentes e etc, mas uma vez me confessou que detestava fazer aquelas coisas. Jimi era o guitarrista mais inovador do mundo, mas acreditava que as pessoas iam assisti-lo apenas para ver aquele tipo de cena."


"Eu não tinha ideia que estava fotografando futuros ícones, mas eu já amava a música de Jim Morrison. Eu o adorava como pessoas, aliás eu adorava todo o The Doors. A verdade é que o The Doors nunca foi popular até Jim morrer. Por isso ao assistir o filme [The Doors, 1991, de Oliver Stone] eu não consegui entender de onde saiu toda aquela histeria em torno da banda. Jim era um poeta, não um objeto sexual."


"Janis Joplin não era uma mulher bonita e tinha consciência disso. Lembro de um dia estar com ela em Los Angeles e Janis bebeu uma garrafa de uísque para conseguir entrar no palco. Simplesmente para ter confiança de que ela entraria lá e teria algo dela para dar ao público"


Encontro com os Beatles


"Quando eu vim para a Inglaterra queria fotografar os Beatles e Stevie Winwood, que estava tocando em uma banda chamada Traffic. Mostrei meu portfólio ao assistente de Brain Epstein [na época, empresário dos Beatles], que dois ou três dias veio com a resposta: "Ok, Brian amou suas fotos." Eles estavam lançando o álbum "Sergeant Pepper" e iam fazer uma coletiva de imprensa para divulgá-lo, onde eu poderia me credenciar como fotógrafa. Eu estava nervosa no dia da foto, principalmente porque havia outros fotógrafos lá. No fim, eu não fiquei satisfeita com as imagens que consegui, exceto por uma em que John e Paul aparecem com os polegares para cima. É uma foto que ninguém tem. Quando eu casei com Paul ninguém sabia que eu era fotógrafa. Para os fãs eu era apenas uma "americana divorciada."


O que eles dizem sobre Linda


Paul McCartney, músico

"A diferença entre Linda e outros fotógrafos que foram seus contemporâneos é que ela sabia sobre quem estava fotografando. Enquanto isso, outros tinham que perguntar "Quem é o vocalista da banda?" ou "Que banda é essa mesmo?". Linda era a mais tranqüila das fotógrafas para se trabalhar com ela e só por causa de sua tranqüilidade ela conseguia tanta transparência em suas fotos. Sinceramente, ao responder a pergunta 'Qual fotógrafo cobriu melhor o cenário da música nos anos 60?', não consigo lembrar de ninguém que tenha um trabalho tão abrangente e tenha capturado tanto a essência daquela época como Linda. Na vida pessoal, ela era doce, engraçada, muito leal e superprotetora com a família. Seu senso de humor estava em tudo que ela fazia."


Stella McCartney, estilista


"Minha mãe me apresentou a muitas coisas, mas o seu jeito honesto e natural de viver a vida foi provavelmente a maior lição. E ela imprimia isso em suas fotos. Quando eu era criança ela capturou momentos que podiam facilmente passar em branco. Minhas memórias mais antigas dela são com uma câmera nas mãos. Como aconteceu durante uma viagem em que percorremos a Escócia de carro e que, com os vidros do carro abaixados, ela ia clicando o mundo ao redor. Ela clicava apenas uma vez e sentia que tinha conseguido a foto que queria. Ela foi uma das raras mulheres fotógrafas de sua geração, algo pelo qual raramente é reconhecida. Suas fotos preencheram os primeiras edições da Rolling Stones: Janes Joplin com um sorriso aberto, Neil Young jovem e inocente... Umas minhas fotos favoritas é aquela em que ela flagrou uma mamadeira ao lado de uma garrafa uísque. Não só é engraçada como resume uma era perdida do rock´n´roll. Como estilista, eu ainda me pego inspirada por fotografias como as publicadas nesse livro. O meu pai descalço com as unhas dos pés pintadas cada uma de uma cor; roqueiros com ternos feitos por alfaiates da Savile Row [tradicional rua de Londres conhecida por suas refinadas alfaiataria] combinado com meias esquisitas... Enfim, rostos inocente prontos para dominar o mundo. Há tantas outras fotografias dela que ficaram de fora desse livro, embora aqui esteja o começo de uma iniciativa que pretende mostrar o mundo que ela via com seus olhos. Esse livro é um tributo à alma de seu trabalho e eu tenho muito orgulho disso."


Annie Leibovitz, fotógrafa


"Ela era muito jovem quando começou a fotografar ou, pelo menos, quando as pessoas começaram a notar seu trabalho. Era também bonita, esperta e sofisticada. Vê-se que nessas primeiras fotos que ela fez de bandas, os músicos não estão olhando para a fotógrafa. Eles estão, na verdade, apaixonados pela moça que segura a câmera. Estão flertando. Nos anos 70 eu estava fotografando a Wings para a Rolling Stone, quando encontrei Paul, Linda e dois de seus filhos. Stella, que na época tinha quatro ou cinco anos, pegou a câmera da mão da mãe, afastou-se, posicionou-se e fez o retrato da família. Ela imitava os mesmo gestos que Linda fazia ao fotografar - e que já devia tê-la visto repetindo milhares de vezes. A "particularidade" de suas fotos ficou ainda mais evidente no fim de sua vida, quando ela provavelmente já sabia que iria partir. Eram imagens puras, simples. Como se ela estivesse usando a fotografia para permanecer no mundo. Como todos nós, fotógrafos, fazemos. A fotografia nos dá a segurança de que não seremos esquecidos. As fotos delas, por fim, são a prova de sua bem vivida vida. Como mulher e como artista".